segunda-feira, março 01, 2010

Full Moon o Sagashite



Foi com grande alegria que recebi a notícia de que um mangá de Arina Tanemura seria lançado no Brasil. Não só porque gosto muito de seus trabalhos, mas também era uma autora que sentia falta aqui, ainda mais por ter bastante títulos de sucesso no Japão.

Eu esperava por Kamikaze Kaitou Jeanne, que, entre os quatro trabalhos que já li dela, é o meu favorito de longe. Só que o escolhido foi Full Moon o Sagashite, que também gosto muito (mas não tanto quanto Jeanne). Mas meu choque mesmo foi com a editora que resolveu publicá-la: JBC. Já estava pensando em desistir de comprar, como fiz com Utena, imaginando que seria somente meio tankohon. Ao descobrir que ia ser lançado em tankohon completo, então resolvi arriscar. Mesmo assim, já estava temendo por uma edição porca, que já vi muitas vezes em outros títulos da editora.

Continuo não gostando da JBC, mas tenho que admitir que esse mangá teve um trabalho melhor do que esperava (apesar de que achei a tradução meio estranha em algumas partes).

A história

Mitsuki é uma menina de 12 anos que tem o sonho de ser uma cantora, principalmente porque acredita que assim vai poder se reencontrar de novo com Eichi, seu amigo de infância por quem é apaixonada. Mas o fato de ter câncer na garganta pode impedir que esse sonho se realize. Keiichi Wakaouji, o médico da família, propõe que ela faça uma cirurgia que seria a solução para doença. Entretanto ela não poderia nunca mais cantar. E sem a cirurgia, a doença avançaria e compremeteria sua voz de qualquer jeito.

No meio desse dilema, surgem Meroko e Takuto, uma dupla de Shinigami encarregados de vigia-la até sua morte, que aconteceria um ano depois. Só que ao saber da situação e para diminuir o sofrimento de Mitsuki, Takuto transforma-a em uma garota de 16 anos, a Full Moon, para que assim ela possa seguir como cantora enquanto viver.

Impressões

A primeira vez que li a sinopse da história, admito que fiquei chocada. “Um mangá voltado para garotas pré-adolescentes abordando a morte dessa maneira?” Mas me surpreendi como a autora tratou desse tema, mesmo achando algumas partes um pouco fortes (por exemplo, sobre a história de Eichi).

Só não consegui gostar do anime. Quando eu comecei a ler a série, em 2002/3, ainda estava sendo publicada no Japão, justo na época em que o anime estava no comecinho. “Bom, uma série que aborda a música de certo modo deve ter músicas ótimas”, foi o que pensei. Mas assim que vi o primeiro episódio não me simpatizei com a voz de Full Moon. Não gostei nada. E achei as músicas chatinhas...

Porém ao terminar de ler a série, me deu vontade de encarar o anime de novo. E os comentários sobre Shinshi Doomei Kurosu, título que ela publicou depois de Full Moon, no final do mangá de Full Moon, me lembrou que faz tempo que não leio nada de Arina Tanemura. Inclusive até hoje Shinshi só li poucos capítulos.

Gostei muito de ver Full Moon o Sagashite publicado no Brasil, mesmo não sendo na editora que eu queria. Ler pela primeira vez aqueles extras no último número me fez sentir saudade da série, como se tivesse acompanhando tudo agora. Títulos como esse me deixam toda saudosista, lembrando da época que lia toneladas de séries na internet. Espero que possa ver mais outros mangás shoujo clássicos por aqui, inclusive outras obras de Tanemura. E que venha Jeanne!

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