terça-feira, março 30, 2010

Como Treinar Seu Dragão




Já tem algum tempo que não estou me empolgando com animações da Dreamwork, principalmente naquelas pós-Shrek. O primeiro filme dessa franquia até foi meio divertido, mas eu tenho a sensação que ele se tornou a fórmula base para outras animações da empresa. Porém, com “Como Treinar Seu Dragão”, a inspiração parece que veio de outro estúdio que tem acertado em seus projetos, a Pixar. Por sinal, os diretores dessa animação da Dreamworker, Dean DeBlois e Chris Sanders, são os mesmo de um desenho da Disney, Lilo & Stitch.

A história foi baseada em uma série de livros de Cressida Cowell e traz como protagonista o franzino Soluço, filho do chefe de uma aldeia de vikings, que não leva nenhum jeito para combater os dragões que invadem e destroem o local onde vive, sendo a piada da vila. Mas ao procurar ser quem realmente é, Soluço descobre que os dragões podem não ser bem o que os vikings imaginam.

Apesar da ideia do filme não é uma das mais originais, o longa consegue entreter com uma história simples e divertida. Gostei bastante da diversidade de dragões, além de ter me apaixonado pela raça Fúria da Noite. E umas cenas são bem bacanas em 3D, a exemplo dos momentos dos voos dos dragões, mas algumas partes de ação foram pra mim nada mas que um borrão (creio que na verdade muito por conta do 3D bem ruinzinho das salas de cinema de Salvador – pelo menos tenho essa sensação).

Para animações, eu prefiro assistir dublado, mas infelizmente vi esse filme legendado. Tenho um certo preconceito com versões em inglês por conta do elenco geralmente cheio de atores famosos. Algumas escolhas saem certas, mas muitas são bem ruins. Mas até que gostei do trabalho feito em “Como Treinar Seu Dragão”, com exceção de Soluço, que teve uma voz bem chatinha para mim.

Depois desse trabalho, a Dreamworks podia continuar investindo em filmes assim e esquecer o Shrek, né? 

domingo, março 21, 2010

Lady Gaga ft. Beyoncé - Telephone



O mais novo clipe de Lady Gaga não me surpreendeu tanto quanto aqueles que aclamaram o clipe. Mas fato: mais uma vez, ela desempenhou seu papel bem de se promover e chamar atenção.
Desde a estreia da artista com o álbum The Fame, muitos já a apontaram como a sucessora de Madonna, a nova grande diva do pop e outras alcunhas mil. Para mim não passa de exageros. Claro que é um feito e tanto uma artista em menos de dois anos emplacar tantas músicas (seis, no total) e somente com um único álbum. Só que o que Lady Gaga traz de novo?
Convenhamos que a voz dela é bem normal para o padrão pop, não dança lá essas coisas, não é bonita, nem tem um corpo bem definido, mas sabe utilizar muito bem os vários elementos da cultura pop a seu favor. Nada dela é original, porém ela consegue trazer várias influências de artistas anteriores a ela, junta tudo e extravaza. E é com essa cartada que ela está conseguindo se destacar. Não basta uma músicas-chiclete dançantes; soma-se a isso os figurinos extravagantes e ações chocantes. Não os escândalos públicos, drogas, problemas com bebidas e afins, como fizeram algumas de suas antecessoras (ou pelo menos até o momento). A ideia é deixar de lado Stefani Joanne Angelina Germanotta e estar 24 horas na pele de Lady Gaga.
E é tudo isso que ela traz nesse novo clipe. Com um bônus: a presença de Beyoncé, outra diva do pop atual, devidamente caracterizada no mundo de Lady Gaga. É bacana as referências existe no clipe, como ao diretor Quentin Tarantino, por exemplo, mas nada de original. Clipes longos intercalado com interpretações e música já existiram aos montes, a começar pelo clássico Thriller de Michael Jackson. Mas ela resgatou algo que andava mal aproveitado no mundo da música pop.
E parece que a sina de Lady Gaga é essa: ir resgatar e redescobrir o que já foi inventado e acrescentar no seu caldeirão excêntrico. Qual será a próxima maneira dela chamar atenção?

sexta-feira, março 12, 2010

Ilha do Medo






Os filmes mais recentes de Leonardo DiCaprio tem me atraído bastante por conta de sua ótima interpretação, e acabo de incluir na lista “Ilha do Medo”, que estreiou agora nessa sexta-feira. Esse é o quarto filme da parceria entre Scorsese e DiCaprio, depois de “Gangues de Nova York”, “O Aviador” e “Os Infiltrados”.

A história é baseada em um livro de 2003 de Dennis Lehane, o mesmo autor que inspirou o filme “Sobre meninos e lobos”. Estamos nos anos 50, onde DiCaprio é o agente do FBI Teddy Daniels que vai investigar em Shutter Island, uma ilha que possui um hospital psiquiátrico para tratar assassinos atormentados e criminosos perigosos, o desaparecimento de uma das pacientes. Junto com o agente Chuck Aule (Mark Ruffalo), ele começa a descobrir que há coisas bem mais confusas que vão além do caso a ser resolvido. E tornando a situação mais complicada, as lembranças da falecida esposa Dolores (Michelle Williams) e da época em que serviu a guerra atormentam Teddy durante a investigação.

O filme é um belo suspense psicológico bastante sombrio que faz o espectador se questionar o que é real ou não. Bem apropriado para mostrar como a natureza humana e os seus traumas podem ser muito assustadores quando se perde a noção de realidade.

Do filme, somente uma crítica: a trilha sonora, que me deixou irritada em certos momentos. Às vezes em vez de ajudar no clima de tensão, a música de fundo gritava nos ouvidos. Não sei se isso foi um problema por causa do cinema (até porque com os problemáticos cinemas que hoje temos...) ou da película, mas teve momentos que incomodava bastante. Fora isso, é um filme que vale a pena conferir. Super recomendado.

segunda-feira, março 01, 2010

Full Moon o Sagashite



Foi com grande alegria que recebi a notícia de que um mangá de Arina Tanemura seria lançado no Brasil. Não só porque gosto muito de seus trabalhos, mas também era uma autora que sentia falta aqui, ainda mais por ter bastante títulos de sucesso no Japão.

Eu esperava por Kamikaze Kaitou Jeanne, que, entre os quatro trabalhos que já li dela, é o meu favorito de longe. Só que o escolhido foi Full Moon o Sagashite, que também gosto muito (mas não tanto quanto Jeanne). Mas meu choque mesmo foi com a editora que resolveu publicá-la: JBC. Já estava pensando em desistir de comprar, como fiz com Utena, imaginando que seria somente meio tankohon. Ao descobrir que ia ser lançado em tankohon completo, então resolvi arriscar. Mesmo assim, já estava temendo por uma edição porca, que já vi muitas vezes em outros títulos da editora.

Continuo não gostando da JBC, mas tenho que admitir que esse mangá teve um trabalho melhor do que esperava (apesar de que achei a tradução meio estranha em algumas partes).

A história

Mitsuki é uma menina de 12 anos que tem o sonho de ser uma cantora, principalmente porque acredita que assim vai poder se reencontrar de novo com Eichi, seu amigo de infância por quem é apaixonada. Mas o fato de ter câncer na garganta pode impedir que esse sonho se realize. Keiichi Wakaouji, o médico da família, propõe que ela faça uma cirurgia que seria a solução para doença. Entretanto ela não poderia nunca mais cantar. E sem a cirurgia, a doença avançaria e compremeteria sua voz de qualquer jeito.

No meio desse dilema, surgem Meroko e Takuto, uma dupla de Shinigami encarregados de vigia-la até sua morte, que aconteceria um ano depois. Só que ao saber da situação e para diminuir o sofrimento de Mitsuki, Takuto transforma-a em uma garota de 16 anos, a Full Moon, para que assim ela possa seguir como cantora enquanto viver.

Impressões

A primeira vez que li a sinopse da história, admito que fiquei chocada. “Um mangá voltado para garotas pré-adolescentes abordando a morte dessa maneira?” Mas me surpreendi como a autora tratou desse tema, mesmo achando algumas partes um pouco fortes (por exemplo, sobre a história de Eichi).

Só não consegui gostar do anime. Quando eu comecei a ler a série, em 2002/3, ainda estava sendo publicada no Japão, justo na época em que o anime estava no comecinho. “Bom, uma série que aborda a música de certo modo deve ter músicas ótimas”, foi o que pensei. Mas assim que vi o primeiro episódio não me simpatizei com a voz de Full Moon. Não gostei nada. E achei as músicas chatinhas...

Porém ao terminar de ler a série, me deu vontade de encarar o anime de novo. E os comentários sobre Shinshi Doomei Kurosu, título que ela publicou depois de Full Moon, no final do mangá de Full Moon, me lembrou que faz tempo que não leio nada de Arina Tanemura. Inclusive até hoje Shinshi só li poucos capítulos.

Gostei muito de ver Full Moon o Sagashite publicado no Brasil, mesmo não sendo na editora que eu queria. Ler pela primeira vez aqueles extras no último número me fez sentir saudade da série, como se tivesse acompanhando tudo agora. Títulos como esse me deixam toda saudosista, lembrando da época que lia toneladas de séries na internet. Espero que possa ver mais outros mangás shoujo clássicos por aqui, inclusive outras obras de Tanemura. E que venha Jeanne!