quinta-feira, julho 07, 2011

Piratas do Caribe 4 - Navegando em Águas Misteriosas



Jack Sparrow engana a guarda de Londres para tentar fugir da cidade e evitar ser pego, ao mesmo tempo que procura descobrir quem está se passando por ele e recrutando pessoal para sair em busca da Fonte da Juventude. É assim que o mais recente filme da franquia de Piratas do Caribe inicia, indicando logo no começo que nesse longa o destaque será o famoso capitão.

Ao lado de Angelica (Penelope Cruz), mulher com que já teve um caso no passado e que acaba se encontrando outra vez, Sparrow, sem o seu Pérola Negra (perdido no terceiro filme), acaba indo parar no navio de Barba Negra (Ian McShane), que assim como os dois primeiros, está na caça da Fonte da Juventude; cada um com um objetivo distinto. No elenco temos também Geoffrey Rush, que volta a interpretar Barbossa, e uma pequena aparição do pai de Sparrow, Capitão Teague (Keith Richards).

Baseado no livro On Stranger Tides, de Tim Powers, e dirigido por Rob Marshall, a trama não tem nada de original. É um típico filme que se aproveita da popularidade do personagem Jack Sparrow e não pretende mais do que isso: usá-lo em uma aventura no mar. É até meio óbvio que a intenção é ganhar uma grana em cima disso e isso já está bem claro desde os primeiros teasers. Ou seja, se você não curtiu os primeiros filmes (desconsidero a maluquice que é o terceiro), não suporta o personagem de Johnny Depp, passe longe desse. Até porque mais do que um filme Sessão da Tarde, que mostra as aventuras de piratas atrás da Fonte da Juventude, você não irá encontrar. Com a atual fábrica hollywoodiana, é pedir demais que em cima da marca como Piratas do Caribe não se queira ganhar um dinheiro. Então, se não ligar para isso, vá com a mente aberta e curta o filme.

E não espere grandes explicações, já que o que temos aqui é piratas lutando contra piratas zumbis, sereias no meio da busca pela Fonte. Angelica e Sparrow tiveram um caso, ponto. Quando, por que, não interessa. Mesma coisa sobre Barba Negra. Por que usar logo o barco dele, o que ele fazia ali? Não importa, era conveniente, não tinham embarcação, então pronto. A história é simples e assim tem que ser, e não vai ser em um blockbuster que encontrará reflexões psicológicas. E para mim o resultado foi melhor que a salada louca do terceiro.

Mas uma coisa não consegui engolir: o casal Serena (Astrid Berges-Frisbey) e Padre Philip (Sam Clafin). Espero que os esqueçam em uma próxima continuação, que ficou em aberto por conta da cena extra depois dos créditos.

Como vi em 2D, não posso opinar sobre o 3D, mas ao saber que o filme foi editado depois de filmado para esse formato, passei longe.

segunda-feira, março 28, 2011

Sucker Punch - Mundo Surreal



Após a morte de sua mãe, Baby Doll (Emily Browning) é mandada para o manicômio por seu padrasto. No meio das alucinações que vivencia ali, ela tenta escapar juntamente com Sweet Pea (Abbie Cornish), Rocket (Jena Malone), Blondie (Vanessa Hudgens) e Amber (Jamie Chung).

E é nesses delírios que boa parte da narrativa de Sucker Punch se foca. Durante um pouco mais de 1 hora e meia de filme, vamos ver as belas garotas em poucos trajes, típicos da fantasia masculina, como roupas de colegial e lingerie, enfrentando cinco missões para conseguir a tão sonhada liberdade. Além do mundo ilusório que vivem, cada objetivo se reflete em uma batalha na mente de Baby Doll, que enfrenta samurais num Japão estilizado, além de lutar junto com as meninas contra nazistas zumbis, dragões, orcs, entre outros, como se cada um fosse uma fase de jogo.

Cheio de referências da cultura nerd, o filme traz diversas cenas típicas de mangás, animes, video games, RPG e ficção científica em que as belas lutam, atiram, resultando em um "girl power" bem apelativo.

E se você assistiu filmes anteriores de Zach Synder, diretor da película, de 300 e Watchmen, vai encontrar uma atmosfera sombria, além de alguns efeitos de lutas, já conhecidos de seu trabalho, e também encontrados aos montes em filmes pós-Matrix, como a famosa câmera lenta nos golpes e nas fugas de balas.

As cenas são praticamente um espetáculo a parte, mas houve tanto destaque para ilustrar os mundos imaginários, que a história ficou perdida. Esta praticamente se arrasta e já na metade do filme cada missão representada na mente de Baby Doll começa a se tornar enfadonha. E o drama da protagonista piegas mais a lição de moral no final de Sucker Punch ajuda a deixa-lo ainda mais fraco. Infelizmente, nem as belas garotas o salvam.

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles




Diversos meteoros se aproximam da Terra, e, ao cair, se descobre que se trata de uma invasão alien que começa a atacar diversos pontos do planeta, como Brasil, Japão, China e Inglaterra. A impressão que tive através dos trailers e dessa sinopse era de que o filme seria focado no que seria a invasão, no aspecto "ficção científica". Quem são esses seres e por que escolheram o nosso planeta?

Ao ver o filme, descobri que a ideia era outra. Logo no inicio somos apresentados a um grupo de combatentes, a maioria ainda sem nenhuma experiência, e com aquelas características clichês básicas, como o cara que está prestes a casar, o recruta virgem, etc e tal. Poucos chamaram minha atenção, e logo em poucos minutos já não conseguia identificar quase nenhum. O destaque ficou para o sargento Nantz (Aaron Eckhart) que está para se aposentar, mas que, com a invasão alienígena, é chamado novamente para a atuação. Daí em diante, o foco é nesse grupo que tenta resgatar civis antes da cidade ser bombardeada, em uma tentativa de acabar com os ETs.

Filmes de ação não estão entre os meus favoritos, mas tenho que admitir que essa película é bem feita e vai agradar aos amantes de explosões, de batalhas e combates somados a grandes efeitos especiais. Dos alienígenas, pouco se fala, somente através de pequenos trechos de reportagens televisivas que acabam aparecendo enquanto acontece a operação de resgate e no que se descobre por meio dos encontros com eles durante a tentativa de sobrevivência diante dos ataques. Ou seja, se você procura história, ficção científica pura, passe longe, porque o que vai encontrar aqui é a guerra, com poucas explicações, mas muita ação.

Com direção de Jonathan Liebesman, o filme traz no elenco um pessoal novo, com poucos rostos conhecidos do grande público, com exceção de Ne-Yo e Michelle Rodrigues. E o final dá deixa para uma continuação, que pode presentear os fãs de ação mais uma vez.

quinta-feira, março 24, 2011

Gourmet, mangá de Jiro Taniguchi


Quando penso em comida japonesa, sempre me vem a cabeça o óbvio: sushi. Realmente nunca parei para pesquisar sobre a culinária desse país e também não tive oportunidade de ver alguma coisa diferente em minha cidade, onde geralmente só se vê sushi e temaki. No máximo um udon ou tempurá, que posso encontrar principalmente no Bon Odori anual. Além de que, como não frequento restaurante do estilo, é outro fator para o meu desconhecimento de outros pratos nipônicos. A curiosidade só apareceu ao ler Gourmet, mangá com roteiro de Jiro Taniguchi e desenhos por Masayuki Kusumi.
A história traz as aventuras gastronômicas de um vendedor pelo Japão. Em 18 capítulos, pouco se conhece do protagonista, de quem só saberemos algumas de suas características através das situações apresentadas. Não há linearidade entre cada parte, que traz um momento cotidiano, como comprar comida durante um jogo de beisebol ou fazer uma refeição enquanto se viaja de trem.

Através dessas pequenas experiências, descobre-se também, por meio do olhar do vendedor,  alguns costumes ligados a gastronomia da terra do sol nascente, a exemplo do preconceito de homens visitarem docerias sem estar acompanhados por mulheres. Além disso, os pratos são mostrados com detalhes, indicando os ingredientes que cada um leva. E é possível conhecer outros que são somente citados, mas que podem ser encontrados com maiores explicações nas páginas finais. Pena que alguns somente pude saber recorrendo a internet, já que nem todos possuem verbete no glossário.
Lançado pela editora Conrad em formato livro, o mangá possui uma boa edição (nada daqueles papéis jornais horrorosos presentes nos mangás em geral), ótima para guardar na estante. E destaque para o texto final de Jiro Taniguchi, que funciona como um capítulo a parte, porém sem ser quadrinizado, trazendo algumas de suas experiências com a comida que influenciaram no surgimento dessa história.