domingo, abril 04, 2010

[J-Drama] Hanazakari no Kimitachi e


Assistir o dorama de “Hanazakari no Kimitachi e” - mais conhecido por Hana Kimi entre os fãs - sem comparar com o mangá homônimo de Hisaya Nakajo é impossível para quem acompanhou a série na versão em quadrinhos. E a primeira preocupação que tive antes de encarar o dorama foi: como iriam resumir 23 volumes em 12 episódios mais um especial? Logo no primeiro capítulo pude reparar na escolha: focar na comédia, mas sem esquecer o plot principal.

No dorama também temos como protagonista Mizuki Ashiya, fã de Izumi Sano, um atleta de salto em altura. Mas um acidente faz com que ele parasse de praticar o esporte e Mizuki acha que é responsável pelo problema que Sano sofreu. Assim, ela sai do Estados Unidos, onde mora atualmente, para o Japão afim de incentivar o garoto a voltar a saltar estudando no mesmo colégio que ele. Porém, há um problema: Sano estuda em uma escola só para garotos. Então para ser admitida, Mizuki corta os cabelos, passa a se vestir como um menino e começa sua nova vida no Osaka Gakuen.

Logo no começo as diferenças com o mangá surgem: nos quadrinhos Mizuki vai ao Japão simplesmente por ser fã de Sano e para estar do lado dele, sem estar envolvida com o acidente que fez com ele parasse de saltar. Tentaram dar uma versão mais plausível no dorama e que, por exemplo, pudesse ser mais convincente os pais de Mizuki, creio eu. Além disso, houve outras adaptações na história e a que mais me chamou a atenção foi o maior foco nas competições entre os três dormitórios do colégio. Praticamente o dorama se resumiu em eventos constantes entre os alunos, aproveitando para colocar várias cenas em estilo comédia pastelão japonês, equilibrando com a história que envolve Sano e Mizuki (com bem menos romance que sua versão em quadrinhos). Não sou muito fã desse tipo de comédia, mas não foi somente por isso que não gostei tanto do dorama assim.

Achei bem interessante poder ver os vários embates entre os estudantes dos três dormitórios, muitas delas sendo minhas cenas favoritas no mangá. Porém o que me deixou bem frustada com o dorama foi a representação de determinados personagens (imagino a decepção de certos fãs caxias do mangá). Nakao e Umeda-senpai foram os que mais me chocaram de primeira, mas o bom trabalho feito por Kimura Ryo e Kamikawa Takaya, respectivamente, compensou. Outro que não tinha gostado no início, mas mudei totalmente de opinião, foi Masao Himejima, interpretado por Kyo Nobuo, um dos grandes destaques da série para mim. Ao lado dele, Mizushima Hiro, como Minami Nanba, e Ishigaki Yuma, como Megumi Tennoji, garantiram alguns dos melhores momentos da série. Já outros personagens que mal aparecem na série ganharam bastante destaque, caso de Akiha Hara (Konno Mahiru), responsáveis por cenas cômicas ao lado de Umeda-senpai.

Entretanto, Oguri Shun como Izumi Sano foi a maior decepção de todo o elenco. Gostei muito de outros trabalhos desse ator, porém nesse dorama o personagem ficou parecendo uma porta, bem diferente do Sano do mangá, que mesmo na dele, quieto, é bem longe da múmia interpretada por Oguri Shun. Não como os outros atores, que ficaram bem diferentes no físico e por trazerem personagens mais escrachados que os da história original, porém com um ótimo trabalho. E não pude deixar de comemorar ao ver meu personagem favorito, Shuichi Nakatsu, muito bem interpretado por Ikuta Toma.

Independente de não estar na minha lista de doramas favoritos, a série é ótima para quem gosta de comédias pastelão (se não é o seu caso, fique distante dela) e tem uma trilha sonora muito boa, além de trazer um elenco e tanto, inclusive muitos atores que são destaques atuais no Japão. E mesmo ao terminar a série feliz ao presenciar a participação de Julia no especial (já estava triste pensando que ela não ia aparecer), ainda prefiro o mangá.

PS: Por sinal, é um quadrinho que tenho esperanças de ver publicado no Brasil. Quem sabe um dia?

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